No estatuto dos professores, a avaliação de desempenho vem no capítulo da progressão na carreira. Várias vezes perguntei em diferentes reuniões se quem estava no último escalão, também tinha que se submeter à avaliação. Recebi sempre a resposta que a avaliação era para todos.
Quando assinei um documento não o fiz sem pensar nas consequências. E, as consequências, seriam um processo disciplinar por desobediência que, só não teria mais consequências, se fosse uma atitude colectiva. Mas é um compromisso e um risco. Não é um papel que se rasga de qualquer maneira, a não ser, e os próximos dias podem trazer mudanças, que haja uma alteração da situação.
Agora, o que era a semana passada, já não é. Quem não se submeter à avaliação não é penalizado, apenas não sobe de escalão. Ora, os que não têm para subir o que é que fazem? Há uns dias eram ameaçados, agora fazem o que lhes apetecer? Ficam com Bom como na Madeira?
Os avaliadores dos quatro departamentos impostos também não vão ser avaliados, porque seriam pela Inspecção e, afinal, esta não vai avaliar. Portanto, também ficam de fora.
Depois há outra questão que também não percebo.
Em muitas escolas foram assinados documentos em que se suspendia a avaliação; não se solicitava, suspendia-se mesmo. Agora vem a interpretação de que, afinal, as pessoas assinaram como avaliados e não como avaliadores. Isto é, não admitem ser avaliados mas podem ser avaliadores.
Mas o que é isto? Alguém pode conscientemente ser avaliador sem ser avaliado previamente? Quando se suspende, só se suspende uma parte de si mesmo?
É tudo relativo e tudo sujeito a interpretações do momento?
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