Não são apenas gaffes, é uma certa falta de jeito e é estar num partido que anda à nora, que não sabe o que é ser coerente e ter uma ideologia, que anda ao sabor da oportunidade, que permite que personalidades burlescas, gastadoras do orçamento se mantenham na corrida à Câmara de Lisboa, que gente com negócios pouco recomendáveis se mantenha na ribalta.
Ao contrário de outros desse partido e do “bloco central”, não me parece que Manuela Ferreira Leite tenha alcançado ou queira alcançar algum benefício pessoal. Mas, se continuar com aquele estilo técnico-financeiro, aquela falta de humor e as reviravoltas entre a admiração pelas medidas do governo e a colagem a reivindicações, também não vai muito longe.
Mas afinal, o que é que se esperava de um partido sem ideologia que, logo depois da fundação se tentou mostrar como social-democrata, sem que ninguém, nem os próprios, reconhecessem qualquer ideologia ou tradição social-democrata?
É que, a social-democracia tem uma história. Vem de uma cisão do marxismo, de lutas e discussões sindicais, como na Alemanha, na Espanha ou na Suécia. Apesar das críticas e dos diálogos, havia uma tradição de luta pelo atenuar da exploração capitalista do mercado sem restrições.
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