Enviei para o programa Prós e Contras uma mensagem. Infelizmente não foi recebida porque o correio desse programa já estava cheio. Pode ser bom sinal ou apenas um critério.
A mensagem era esta:
Um dos problemas deste modelo é o da forma como se escolheram os professores que vão avaliar os outros e a legitimidade destes, o que se relaciona directamente com o concurso de professores titulares.
Com efeito, este concurso apenas teve em conta os últimos sete anos de carreira nas escolas, impedindo que fossem pontuados os cargos de professores com dezenas de anos de carreira que, por uma ou outra razão, tiveram menos cargos nos últimos anos, embora no conjunto da carreira até tivessem participado muito mais que outros. Também, devido a inúmeras mudanças nos curricula, em muitas escolas, deram-se cargos a professores que não tinham suficiente horário lectivo, o que lhes permitiu agora subir mais rapidamente. Os professores que nos últimos anos estiveram destacados ou requisitados nas universidades, direcções regionais etc. (e supostamente essas instituições iriam escolher os experientes para desempenhar funções), foram penalizados nos critérios de concurso. Por exemplo, um professor que estivesse convidado por uma universidade para a formação de professores, foi agora penalizado por não estar na escola, sem aviso prévio.
A situação deu origem a situações estranhas, como na minha escola , em que os professores de Matemática iriam ou vão ser avaliados por um professor de Educação Tecnológica.
Outro problema é a não avaliação prévia dos avaliadores no que respeita, sobretudo, às aulas. Alguns vão ser dispensados mesmo, outros podem (agora) optar por não querer, mas podem avaliar os outros.
Acresce que, como existem quotas, avaliadores e avaliados competem para as classificações de Muito bom e Excelente.
Os próprios avaliadores, sabendo de tudo isto e convivendo com os colegas, sentem-se numa posição desconfortável, dado que até muitos nem sequer estariam interessados nesta função.
Posto isto, um dos problemas que está em causa é a própria legitimidade dos avaliadores que não são reconhecidos como mais experientes que os outros, o que contraria totalmente os pressupostos do próprio modelo de avaliação do ministério.
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