terça-feira, 8 de abril de 2008

Batalha de La Lys

Cito, sem pôr em causa o texto da Wikipédia:

A Batalha do Lys (conforme a historiografia francesa) ou Batalha de La Lys, também conhecida como Batalha de Ypres 1918, ou ainda Quarta Batalha de Ypres , e como Batalha de Armentières pela historiogafia britânica e a alemã, deu-se entre 9 e 29 de Abril de 1918, no vale da ribeira da La Lys, sector de Ypres, na região da Flandres, na Bélgica.
Nesta batalha, que marcou a participação de
Portugal na Primeira Guerra Mundial, os exércitos alemães, provocaram uma estrondosa derrota às tropas portuguesas, constituindo a maior catástrofe militar portuguesa depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578.
A frente de combate distribuía-se numa extensa linha de 55 quilómetros, entre as localidades de
Gravelle e de Armentières, guarnecida pelo 11° Corpo Britânico, com cerca de 84.000 homens, entre os quais se compreendia a 2ª divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP), constituída por cerca de 20 000 homens, dos quais somente pouco mais de 15 000 estavam nas primeiras linhas, comandados pelo general Gomes da Costa. Esta linha viu-se impotente para sustentar o embate de oito divisões do 6º Exército Alemão, com cerca de 55 000 homens comandados pelo general Ferdinand von Quast (1850-1934). Essa ofensiva alemã, montada por Erich Ludendorff, ficou conhecida como ofensiva "Georgette" e visava a tomada de Calais e Boulogne-sur-Mer. As tropas portuguesas, em apenas quatro horas de batalha, perderam cerca de 7.500 homens entre mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros, ou seja mais de um terço dos efectivos, entre os quais 327 oficiais.

Comentário agora:
Portugal estava sob a ditadura de Sidónio Pais, suspeito de ser germanófilo. O certo é que houve um desinvestimento na participação portuguesa na frente da Flandres. E os soldados portugueses não eram rendidos e foram postos sob comando inglês que preferiu que fossem os portugueses a aguentar o embate. Como aconteceu com os outros exércitos, os soldados eram apenas carne de canhão do ponto de vista dos comandos. Oficiais aristocratas, soldados camponeses. Não terá sido propriamente uma derrota porque apesar da mortandade, como noutras batalhas desta guerra apocalíptica, os portugueses conseguiram suster o avanço alemão.

Outro comentário: noutros países continuam a ver-se coroas de flores em memória dos que tombaram na guerra, nomeadamente em França. Não é só o Exército a depor as coroas de flores, são também as "mairies", e até particulares.
Em Portugal o Exército ainda se vai lembrando. E pouco mais.

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