quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A ilusão da Internet

Prefiro não ser optimista nem pessimista. Mas costumo fazer um exercício para ver as coisas de maneiras diferentes. Nisso, dou razão aos processos da Igreja Católica em relação à causa dos santos (a questão dos resultados não interessa agora). Inventou-se o advogado do diabo, aquele que aponta todos os pecados da pessoa antes da canonização esperada. É preciso tentar ver as coisas por outro ponto de vista.

A difusão, a discussão (menor do que parece) pela internet pode tornar-se uma ilusão. Recebo todos os dias mensagens sobre a situação dos professores, frequentemente repetidas. O que me parece é que se funciona muito em círculos quase fechados. Os que enviam são quase os mesmos que recebem. E, às tantas, funcionam com códigos menos acessíveis a outros.

Sente-se a ilusão que toda a gente está a ouvir.
Duvido!

Há que demonstrar a outros os factos, as razões, utilizar diferentes formas de levar as mensagens, mostrar que os problemas não são só deste grupo específico, mas que interessam a mais gente e que todos, ou quase todos, podem pagar as consequências do irracionalismo.

A internet é um meio, é mais um meio eficaz e fundamental nos nossos dias, mas necessita de ser alargada. Mas também há outros, chamados tradicionais. É preciso que funcione o diálogo, que o problema seja visto como necessário e urgente para todos ou quase.

E é, ou não fosse a educação um dos problemas fundamentais dos nossos dias. Não sou eu que o digo, não são só os discursos dos governos, são a OCDE, a ONU e, diga-se, quem acha que se deve resolver problemas para além da passividade e dos preconceitos.

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