Diz a ministra da Educação que a avaliação dos professores é uma avaliação por pares.
Só é na aparência!
A partir do momento em que se dividiu artificialmente a carreira em duas, criando uma carreira de professores titulares e outra de professores, os que eram pares deixaram de o ser institucionalmente.
Para mais ninguém acredita nos fundamentos dessa divisão em duas carreiras. Não está legitimada face às funções de um professor, dada a arbitrariedade de se contar apenas com os cargos exercidos nos últimos sete anos.
Ainda por cima, com as quotas para a classificação de Muito Bom e Excelente, que permitem uma mais "rápida" progressão na carreira, exceptuando os que estão no último escalão que não ganham nada, fomenta-se a concorrência directa entre avaliadores e avaliados, pois apenas alguns na mesma escola podem ter as classificações mais altas.
E, como se pode falar em avaliação por pares, quando alguém de um grupo de recrutamento avalia outros de outro grupo? Referindo casos concretos (não estando em causa a pessoa), como é que um professor de Educação Tecnológica, com uma formação de base em Técnicas Agrícolas, avalia um professor de Matemática? Ou um professor de Economia que avalia professores de Filosofia? Ou um de Educação Física que avalia outro de Educação Visual?
Só na cabeça de alguns é que isto pode ser avaliação por pares.
Valerá a pena mudar o dicionário?
Não seria preferível mudar de governo? Ou, pelo menos, escolher alguém com bom senso?
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