quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A loja dos meus avós e da minha tia

Cano, Rua Cândido dos Reis.

A loja do meu avô. Da minha tia Zézé.
Aqui se vendiam tecidos, linhas, agulhas, fazendas de chita e outras, capotes, sapatos até, pregos, cevada e aveia, chouriços e morcelas, chocolates, petróleo, sabão e álcool, cigarros, lápis, livros da escola primária.
Sorrisos e boa vontade eram de graça. Rebuçados frequentemente.
Fiados alguns.

2 comentários:

José Manuel Chorão disse...

E eram tão bonitas estas lojas...
Tão humanas, tão pessoais.
Quem vendia sabia o nome dos clientes, as preferências, os sonhos, as dificuldades em pagar. O cliente não era só fonte de lucro; era, tantas vezes, um amigo, um confidente com quem se partilhava um momento.
Sapatos e linguiças fazem parte da verdade de ser Humano. A ASAE...nem por isso.

Elia Mira disse...

Ainda tive o privilégio de conhecer o espólio da loja, o balcão, os armários de madeira, as caixas dos botões e das linhas...