segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Entrevista e azedume

Há qualquer coisa que anda no ar e talvez aterre. Talvez!
O primeiro-ministro deu uma entrevista. Parecia à vontade mas um pouco excitado. Quando falou de Educação ficou mais nervoso, um pouco menos de demagogia do que com o Santana Lopes impreparado do costume mas já com ar de quem perde terreno. Repetia e gesticulava mais.
No Parlamento ouvem-se vozes contrárias a esta política. Mais alto do que era costume.
É necessário que a pressão aumente. Na altitude da maior parte do país a água ferve a 100º. Se não houver demasiada gente a entornar a chaleira por coisas de "lana caprina", mas falando de coisas concretas, de coisas que doem, que preocupam e põem em causa, de coisas que encostem à parede, sem dar argumentos aos demagogos, a panela pode rebentar.

E depois? Ou entorna e queima ou sai cozido à portuguesa!
Se for bem cozinhado aproveita-se.

Deixemo-nos de conversas sobre a Marilu. O que é preciso é picar onde dói, desmontar esse discurso "iluminado" da decisão rápida sem consequências, das reformas inovadoras só por si, da basbaquice e da pseudo-imitação de outros que afinal não conhecem, do discurso de que nós é que sabemos e vocês que obedeçam, dessa gente suburbana que quer mandar neste país.

Ps. Suburbano não tem a ver com as pessoas que vivem nos subúrbios, mas com aqueles que nem são já rurais nem aprenderam as coisas boas da civilização. Rejeitam as raízes e odeiam, proclamando o contrário, a cultura produzida durante séculos por homens e mulheres que produzem e conversam sobre coisas do dia a dia, literatura, ciências, artes e outras coisas que ajudaram a que os homens nem sempre sejam piores que outros seres que existem ou que inventaram.

Um comentário:

***** disse...

Amigo João:

O teu blog devia ser obrigatório nas escolas!!!!Tem espírito crítico e muita cultura!!!

Mais uma vez parabéns e... continua!!