Isto, é aquela coisa que tem tantos nomes e adjectivos que não se pode resumir: são refugiados permanentes numa terra-prisão, escolas bombardeadas, crianças, velhos e todos em sufoco, a vida por um fio, a desesperança, o sentir o esquecimento, a sensação que somos coisas de um filme realizado por outros, o não ter quase nada nem sequer o momento, muito menos o futuro.
Aparentemente os israelitas conseguem mostrar pela propaganda e publicidade que têm razão. Todos os dias recebemos imagens deles, declarações deles, treinos deles e de outros deles que estão fora mas investem na “terra prometida” do “povo eleito”. Não tenho qualquer simpatia pelo HAMAS mas não os tenho visto a falar na televisão portuguesa. Presumia-se que fosse uma regra do jornalismo, o chamado contraditório.
Aparentemente o estado de Israel está a defender-se dos rockets e a responder a agressões. O disparo de rockets é condenável. Mas a desproporção é enorme e o número de civis mortos e feridos e tudo o mais não tem comparação.
E depois esquece-se o fundo do problema. O povo palestiniano tem o direito a existir, a ter uma vida sã, a ter educação, electricidade, água, casas, terra, todas as coisas mínimas e os direitos que a Declaração Universal dos Direitos do Homem que agora se comemoraram por tantos lados.
Esquece-se também que Israel é uma potência ocupante e, por isso, tem que respeitar convenções internacionais que aceitou e em que uma das mais importantes é zelar pela segurança das populações civis.
E por que é que a comunidade internacional interferiu na ex-Jugoslávia e não intervém aqui?
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