domingo, 24 de janeiro de 2010

Eleições para a Universidade de Évora



Num jantar de antigos residentes da Monte Olivete, em Évora, alguns anos depois da juventude.

   Conheço alguns dos candidatos a reitor da Universidade de Évora. Mas há um amigo especial: o Heitor. Conheço-o desde finais de 1974, estava ele na Faculdade de Ciências de Lisboa, onde estudava e onde tinha sobrevivido, sem vergar, a encerramentos da faculdade e da cantina, essenciais a estudantes que não tinham pais ricos. Eu tinha-me candidatado a uma residência universitária, a Monte Olivete, onde ele estava também, como membro da Comissão (após o 25 de Abril eram os estudantes que geriam as residências universitárias). Nesse ano não houve aulas de 1º ano e eu apareci lá, sem avisar e sem conhecer ninguém, imagine-se, para um congresso da CDE, que se transformou em partido. Depois vivi lá cinco anos. Fui recebido à chegada pelo Heitor, sempre com aquele sorriso e vontade de resolver problemas. Sempre à frente e sempre com uma grande capacidade de diálogo e de trabalho. Depois ele saiu, porque trabalhava e estudava, mas continuava a frequentar a residência ali em frente à Faculdade de Ciências.
   Nesses tempos em que se queria mudar o mundo, em que participávamos naquilo que podíamos, sem dinheiro, que também não havia, geraram-se solidariedades que perduram. Alguns dos melhores amigos que tenho foram e são esses companheiros da residência. Todos os anos nos encontramos, em variadas partes do país. Nem sempre todos vão, mas nem por isso deixamos de estar presentes em momentos significativos, nem que seja apenas por algumas palavras.
   O Heitor continua como sempre, activo, solidário, simples, um dia está numa universidade em qualquer país, no dia seguinte aqui em Évora, na universidade, em aulas, em projectos, como vice-reitor, no dia seguinte a organizar viagens a pé nas zonas mais variadas e bonitas do país.
   É essencial discutir a Universidade de Évora (aliás como outras), neste país e nesta região, numa época em que há dificuldades.
   No programa há quatro pontos que são fundamentais e que são prioridades para a região, para a qualidade e internacionalização, que tanta falta faz neste país:
Promoção da Qualidade Institucional
Inserção Regional
Internacionalização
Sustentabilidade

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