terça-feira, 9 de setembro de 2008

A extinção da Química e de outras disciplinas

A Química desapareceu no décimo segundo ano no distrito de Évora. A Física também está quase.
Os alunos que querem tirar cursos de Medicina, Farmácia, algumas engenharias optam por Psicologia ou outras disciplinas, porque o que interessa a curto prazo é a média.
A burocracia impede as opções. Se em cada escola houver apenas alguns alunos a optar por essas disciplinas, não havendo um número mínimo nenhuma escola poderá ter essa opção.

As universidades ou escondem a cabeça na areia ou optam pela facilidade de ter mais alunos (e financiamentos per capita).
É mais fácil dizer que os alunos não aprenderam certos conhecimentos no ensino secundário e "chumbá-los" no primeiro ano, do que exigir, em exames à entrada ou entrevistas estruturadas, que eles tenham certos conhecimentos e competências. E ainda por cima com licenciaturas de 3 anos! Querem competir com Cambridge ou até com certas universidades brasileiras? Esperem sentados!

O Grego desapareceu em quase todo o país, o Latim segue o caminho (qualquer dia temos que ir para a Finlândia para aprender a base das línguas latinas), a Filosofia está a entrar pelas ruas da amargura, "ninguém" quer saber da língua que mais gente fala na Europa comunitária (o alemão); a Literatura Portuguesa reduziu-se às funcionalidades da língua (cantigas de amigo para quê?).
O utilitarismo de curto prazo está na moda.
Salve-se o Plano Tecnológico que vai chegaando e ... a futura geração de dactilógrafos modernos!

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