quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Suíça lava mais branco

Os eleitores suíços decidiram num referendo proibir a construção de minaretes.

Como se não tratassem já os portugueses como gente de 2ª classe e os muçulmanos com gente de terceira ou quarta, agora estão a caminho de proibir os muçulmanos de rezar.

Não querem minaretes, só querem gente para lhes limpar o lixo e estar caladinhos, prontos para serem expulsos.

Não os querem mas dá-lhes jeito para fazerem os trabalhos que eles não querem.

É já tradição suíça. O único compromisso é com o dinheiro.

Na segunda guerra mundial recebiam o ouro que os nazis roubavam por todo o lado. Aceitavam os depósitos dos judeus e depois expulsavam-nos para a Alemanha, que os levava directamente para os campos de concentração.

Têm recebido o dinheiro de todos os ditadores que despudoradamente roubam os respectivos povos, dos mafiosos, dos traficantes de armas, de drogas, de pessoas. As contas são numeradas para garantirem o anonimato.

E dizem-se civilizados!

Desta vez dou razão a Cohn-Bendit, deputado europeu, antigo radical do maio de 68, depois mais manso: os árabes ricos deveriam deixar de depositar dinheiro na Suíça. Só assim aprenderiam, porque o que lhes dói é a falta de dinheiro e não os direitos.

E a ONU, com as suas declarações dos Direitos Humanos vai continuar na Suíça?

Bin Laden e outros, afinal têm aliados. São todos tão puritanos!
Os suíços esforçaram-se por construir mais ghettos.

E nós vamos deixar que eles proibam minaretes, religiões que não sejam a calvinista, luterana ou católica (há que conservar os guardas do Vaticano), qualquer dia pretos, depois latinos e mais coisas que os suíços se hão-de lembrar ?

Nem todos os suíços votaram assim, mas foram mais de metade.

Deveria começar-se a mexer nas benesses do dinheiro da confederação Helvética

Um comentário:

José Manuel Chorão disse...

Tens toda a razão quando perguntas: "E dizem-se civilizados ?"
A acção exclusivamente orientada em função do dinheiro, do lucro, não é sinónimo de civilização, é sinónimo de barbárie, de selvajeria da mais básica.
Um povo que assim (des)trata os seus semelhantes, os lhe limpam a merda e constroem as casas em que eles vivem... não é um povo civilizado.
Eles são livres de, em sua casa, decidirem o que bem entenderem; mas nós também somos livres de não concordar e de os mandar onde eles estão a pedir.