
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Vital(idade) para a Mina de S. Domingos

As gaffes costumam acontecer, mas uma de cada vez. Vital repetiu.
A Mina foi abandonada nos anos sessenta. Houve migrações em massa para a Margem Sul do Tejo, outros foram para França, Canadá e outras margens. Alguns, como indemnização tiveram apenas direito a passaporte, o que também não era fácil quando o país se despovoava e o decrépito Estado Novo, "orgulhosamente só" e tão fundamentalista na defesa da Pátria e da Família, deixava que as famílias se desagregassem e a Pátria se fosse esvaindo, escondendo com a censura e a perseguição política o subdesenvolvimento e a miséria.
Não é a pessoa que interessa. É o primeiro candidato de um partido, é o catedrático de direito de Coimbra que se armou em "expert" da Educação, dizendo e escrevendo dogmaticamente que os professores (todos) não queriam avaliação nem nada e que deviam ser postos na ordem.
Cidadão Vital. Peça desculpas às famílias dos mineiros!
E já agora não fique abespinhado, como de costume, com os agradecimentos que vai certamente receber pela sua campanha em favor dos outros partidos. É que as suas certezas e a sua falta de habilidade têm contribuído e não pouco para a perda de votos do partido do governo.
O sectarismo também se paga.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Em 19 de Maio de 1954
CANTAR ALENTEJANO
Vicente Campinas
Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
Vicente Campinas
Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
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