Para mim o D. Quixote sempre foi uma das grandes obras da literatura universal. Tenho várias edições. ´Há uns anos, aquando das comemorações do 4º centenário quis comprar uma edição fidedigna, isto é, que respeitasse a grafia da época. Comprei uma edição da Real Academia Española. Fiquei frustrado quando vi que a ortografia tinha sido modernizada. É que na época, tanto a ortografia como o vocabulário estavam mais próximos do português da época ou do actual.
Comprei esta edição em Badajoz. Comprei também outra que ofereci ao convento de Campo Maior onde tenho uma sobrinha. Verifiquei mais tarde que as freiras, portuguesas e espanholas gostaram muito, sobretudo dos ditos e provérbios do Sancho Pança. São mulheres como as outras!
Fiquei admirado (ou não) com a quantidade de edições do D. Quixote. Hugo Chavez, na Venezuela mandou distribuir também um milhão de exemplares gratuitos.
Vem isto a propósito da ortografia. Em Portugal há quem mande uns palpites que só no português é que tem havido mudanças, que os outros não mudam, logo não deveríamos mudar nada.
Repare-se que Quixote se escrevia com X e não com J, como hoje em castelhano e que se usava o ç e não z actual (Benalcaçar e não Benalcazar). Também não usavam acentos nas proparoxítonas.
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