Refere o Padre Rafael Bluteau, na obra citada, pág. 18
Na sexta Conferencia em 18 de Março (1696):
XIX. Se a Ortographia ha de seguir as origens ou a pronuncia, como Philosofia com P e H, ou com F. Pareceo a alguns Academicos, que sempre se havia seguir a pronuncia. Fundavaõ-se em que esta era a mayor excellencia da lingua Portugueza, escrever como pronunciava, em que as letras dobradas, donde se naõ exprimem, eraõ inuteis, em que isto era dar huma regra geral para todos escreverem certo, e em que desta opiniaõ eraõ Duarte Nunes de Leaõ, Joaõ de Barros nas suas Ortographias, e os outros Autores, que escreveraõ da Lingua; e que o Ph dos gregos se pronuncia suave, e asperamente o F dos latinos; e que seguindo a nossa Lingua o F, com a pronuncia de Ph se escutava este. Assentousse, que nem sempre se escrevesse como se pronunciava, porque aquelles nomes, que conhecidamente encerravaõ as origens sem corrupçaõ, se escrevessem na sua etymologia, quando as letras naõ fossem como a pronuncia, e assim Coro, e naõ Choro; Monarquia, e naõ Monarchia; e que os ZZ se evitassem muitas vezes, suprindo-se com hum S.
Mais comentários: a discussão continua actual; dois séculos depois, até 1911, continuava-se a escrever Monarchia. O Ph também só foi abolido em 1911. A questão do Z e do S só foi "resolvida" em 1945.
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