Pelicano. Igreja de S. Francisco em Évora
O Pelicano foi o símbolo adoptado por D. João II. Segundo a lenda, o pelicano bicava o seu próprio peito de onde retirava alimentos para dar às crias. Dava a vida para alimentar os filhos.
Era assim que se apresentava o rei, como protector, pai dos súbditos.
D. João II não era um inocente. Para vencer usou maquiavelicamente os poderes que tinha e outros que veio a conseguir. Morreu também em circunstâncias estranhas. Diz-se que envenenado.
Isabel, a Católica, o outro lado do espelho, a que conquistou Granada e mandou Cristóvão Colombo à América, chamava-lhe "El Hombre".
D. João II teve um projecto consistente. Foi no seu tempo que se descobriu a costa de Angola e se provou que o Índico não era um mar fechado e que se podia ir à Índia por mar. Bartolomeu Dias passou pelo "mostrengo que está no fim do mundo" e o Adamastor foi vencido e ultrapassado.
Hoje não precisamos de pelicanos nem desejamos Maquiavéis mas convinha que houvesse projectos consistentes, não para mudar o mundo mas que mudasse alguma coisa para melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário