A quente.
Já se esperava a vitória de Cavaco. Afinal o senhor sempre foi conivente com a política de José Sócrates, mas como sempre, como já o havia feito, distanciou-se agora, como se nada tivesse a ver com o assunto, como se não soubesse nada, ele que não sabe porque lucra tanto, não sabe como fez escrituras, não sabe nada destas coisas. Armou-se em vítima e ganhou. Mesmo com tanta abstenção!
Mas que partido é este chamado Partido Socialista? Que ideologia tem, o que é que o diferencia do PSD, a não ser de estar agora no poder e o outro amanhã? A não ser a distribuição de lugares do aparelho de estado e os subsídios escandalosos, no país com maior diferenciação social da Europa.
Nem sequer uma estratégia para as presidenciais?
Manuel Alegre recebeu o presente envenenado de José Sócrates, o homem encarregado, e contente, de impor a política que agrada ao sistema financeiro internacional.
Mas ao menos os militantes do Partido Socialista poderiam ter alguma coerência. Se é para apoiar é para apoiar; não é andar contra e a favor e ao mesmo tempo apoiar outros. Na Assembleia da República exigem a disciplina de voto sob as ordens da chefia. Se não obedecessem são expulsos, como foram os que votaram contra o novo Código de Trabalho ou contra a avaliação de professores.
Aqui não, ou antes, talvez tenham recebido as ordens da chefia para distribuir os votos, uns por Fernando Nobre, outros noutro lado, outros ainda para ficarem em casa para que Cavaco ganhasse.
Mal vai este país quando um partido, chamado socialista não, tem vozes que se afirmem.
Credibilidade nesta gente? Nenhuma. Mexam-se ainda os poucos que não estão totalmente comprometidos que já é tempo de começar reformas.
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