- Se fosse para votar num candidato a presidente da República que pensasse exactamente igual a mim, que quisesse fazer o que eu acho que está certo, mesmo assim teria dificuldades, porque dúvidas sobre o que é certo e sobretudo o que se deve fazer em circunstâncias variadas, tenho-as sempre e até as procuro, por uma questão de método e modo de ser. Mesmo para eleições para deputados também tenho dúvidas, embora haja mais alternativas, mais ideologias para escolher. Ainda por cima surge sempre a questão: porque é que são estes e não outros, o que é que eu fiz ou não para isto se manter ou melhorar? Porque se todos somos iguais perante a lei, todos também temos o direito e o dever de participar. Se não somos nós, porque não temos determinadas características, então temos o dever de apoiar os que ficam mais próximos de nós, embora não sejam o que idealizámos, até porque temos que contar com os outros, porque o mundo não se muda sozinho.
- Ficar paralisado, por via das dúvidas, é uma atitude, até legítima que, na prática, é um apoio indirecto a quem se mexe. Porque se não mandam uns, mandam outros e, se a maioria não quiser saber de nada, há-de vir algum armado em salvador que, se o deixarem, há-de mandar em tudo, até nas nossas consciências e mesmo nos nossos pequenos movimentos e atitudes. A história do mundo contemporâneo está cheia disso e, apesar de neste momento não estar em causa um regime mais ou menos democrático, continua a ser verdade que as liberdades não se dão, conquistam-se.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Presidenciais-1
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