sexta-feira, 9 de abril de 2010

Senhora de Aracelis





Nesta capela e sobretudo no espaço circundante, festejam os agricultores dos concelhos de Mértola e Ourique, em finais de Agosto, a divindade da Agricultura. É a senhora de Aracelis, Ara Coelis, o Altar do Céu, como poderia ter sido Ceres, Ísis ou a Deusa-Mãe.

Segundo a lenda dela se avistam mais seis irmãs(os), perfazendo sete, número mágico. Os nomes variam, mas há um relato que me parece mais adequado: são elas S. Barão, Senhora das Neves, Senhora do Amparo ou São Brissos (Veríssimo), no concelho de Mértola, Senhora de Guadalupe, em Serpa, S. Pedro das Cabeças, em Castro Verde.
Cultos antigos que se mantiveram, uns mais ligados à agricultura, outros à pastorícia, como o culto da senhora de Guadalupe, em que pastores encontraram uma Senhora morena (seria árabe, moçárabe?), um santo eremita local que ajudava os casados a terem filhos, S. Barão (o homem), S. Pedro das Cabeças, onde se festeja o milagre e mito fundador da Pátria (batalha de Ourique). Marcam uma região, “os campos brancos”, em grande parte os antigamente chamados Campos de Ourique, uma comunidade, onde se pastoreavam rebanhos, provindos do Norte de Portugal ou de Espanha, na época da transumância

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