sábado, 11 de julho de 2009

Reformas

Li o seguinte:

A Assembleia da República aprovou ontem, dia 25 de Junho, o Projecto de Lei n.º 663/X ("Institui um regime especial de aposentação para educadores de infância e professores do 1.º ciclo do ensino básico do ensino público em regime de monodocência que concluíram o curso de magistério primário e educação de infância em 1975 e 1976") e o Projecto de Lei .º 764/X, sobre "Regime especial de aposentação para os educadores de infância e professores do 1.º ciclo do ensino básico do ensino público, em regime de monodocência possuindo, em 31 de Dezembro de 1989, 13 ou mais anos de serviço docente".

In http://www.fenprof.pt/

Em 1974 acabei o Liceu. Nesse ano poderia ter entrado para a universidade, se fosse um ano normal. Ainda bem que não foi normal porque foi o ano do 25 de Abril. Em 1974/75 não houve acesso ao ensino superior, sendo esse acesso substituído por um ano no Serviço Cívico, o que fiz como muitos. Como o curso do Magistério Primário era considerado um curso médio não foi abrangido por essa medida e houve colegas meus de Liceu que entraram e acabaram o curso de dois anos em 1976. Hoje podem reformar-se e já conheço quem esteja reformado.
O curso do Magistério Primário era de dois anos, após o 5º ou 7º ano do Liceu. Para se ser professor do ensino secundário, por exemplo de História (noutros não era bem assim), tinha que se tirar um curso superior de 5 anos e dois anos de estágio (e esperar que houvesse vaga para estágio).

Eu, e outros da mesma idade, vamos ter que esperar mais 13 ou 15 anos com a lei actual.
Não tenho inveja, nem a culpa é dos próprios. Gozem a reforma! Mas também não me venham dizer que é dos sindicatos, dado que o Ministério da Educação e o governo pouco ligam às greves e manifestações, únicas em todo o mundo, pela sua dimensão quer quantitativa quer qualitativa.

O recado está dado:
Se tivesses estudado menos tempo serias beneficiado em tempo.

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