sábado, 7 de fevereiro de 2009

No tempo em que se malhava mais, ou se davam alguns safanões.

E o dr. Salazar, como quem não dá importancia ao pormenor:
- Quero informá-lo, no entanto, de que se chegou à conclusão de que os presos maltratados eram sempre, ou quasi sempre, temíveis bombistas que se recusavam a confessar, apesar de todas as habilidades da Policia, onde tinham escondidas as suas armas criminosas e mortais. […] E eu pergunto a mim proprio, continuando a reprimir tais abusos, se a vida de algumas crianças indefesas não vale bem, não justifica largamente, meia dúzia de safanões a tempo nessas criaturas sinistras …

FERRO, Antonio, 1896-1956 Salazar: o homem e a sua obra / António Ferro, pref. de Oliveira Salazar. - Lisboa : Emp. Nac. de Publicidade, imp. 1933, pág 82
Nota: manteve-se a grafia da época, com menos acentos do que hoje. Sublinhados nossos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Companheiro

Vá lá a gente perceber estas coisas? De repente virou moda Salazar por tudo e nada, muit provavelmente numa tentativa de reabilitar o ditador aos olhos de gerações que não o conheceram!!! Habilidades!!
Outra coisa: estranho o teu silêncio sobre a luta da tua classe, pois por aqui tem vindo pouca coisa....e eu que até sigo com redobrado interesse os teus escritos? Aquele abraço, tito