Li no Público que o Conselho Nacional de Ética e Deontologia da Ordem dos Médicos propõe que os médicos cobrem 20% da consulta aos doentes faltosos.
Parece-me que a Ordem deveria preocupar-se mais com a Ética dos médicos do que com a dos doentes. E talvez se devesse preocupar também com os preços máximos das consultas e a promiscuidade entre o serviço público e o privado.
Mas, se se preocupa com as faltas e atrasos, não deveria começar antes com as faltas e atrasos de muitos médicos?
Atrasos significam perda de rendimentos, dificuldades no acesso a transportes que têm horários, falta de produtividade, atrasos em cadeia noutras actividades.
Não seria hora de os médicos faltosos, os médicos que deixam os doentes horas e horas à espera, serem obrigados a justificar formalmente e a indemnizar os utentes tal como noutros serviços?
Até porque se pressupõe que só vai ao médico quem tem algum problema, alguma doença. Pelo contrário o médico, em princípio, quando dá consultas não está doente. Por isso, é mais provável ou justificável um atraso ou falta de um doente do que de uma pessoa em bom estado de saúde.
Haverá certamente outros meios para não prejudicar os médicos.
E, certamente, há outras prioridades na Ética e Deontologia
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