Supunha-se que o Estado era uma pessoa de bem!
Sabemos que a economia mundial está sujeita ao capital financeiro que tem tratado tudo isto como um jogo em que ganha mais quem melhor especula. Nem sequer isto é propriamente capitalismo!
Os jogadores protegidos ganharam, levaram à falência os outros e ainda foram novamente protegidos pelos estados e por instituições internacionais, entre as quais a União Europeia e o seu Banco Europeu, que serve sobretudo para financiar bancos que emprestam especulativamente aos estados depredados como a Grécia, Portugal, Espanha ... Agora pagam os estados, uns mais que outros, e como os estados são suportados pelos cidadãos pagantes, são estes que pagam mais ainda.
Exigem-nos sacrifícios para pagar o deficit, continuam a exigir aos mesmos do costume e sobretudo àqueles que já estão indiciados e aos que não têm hipótese de fugir.
Mas pergunta-se novamente. Se é para diminuir as despesas do Estado, por que é que só uns é que vão ser alvo de cortes nos vencimentos?
As despesas do Estado incidem sobre muita coisa, como a Educação, a Saúde, a Defesa, a Segurança etc..
Pergunta-se: estas despesas só têm a ver com os funcionários do Estado? Os outros, em condições económicas e sociais idênticas não usufruem da Educação, Saúde etc.? O deficit vem de onde? O que se gastou só vai ser pago por alguns, ou por alguns mais do que outros só por servirem o Estado e todos os cidadãos?
O deficit provocado por governos que, mal ou bem, levaram este país a esta situação, foi responsabilidade apenas dos funcionários do Estado?
Mas que privilégio é este, num estado democrático em que, por definição, não deveria haver privilégios, no caso, discriminação negativa?
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